Bill Veghte (não confundir com Bill Gates), vice-presidente sênior da Microsoft, soltou uma carta aberta no site oficial da empresa destinada a todos os consumidores do Windows, entitulada “uma atualização no cronograma do Windows”. Nela, Veghte comenta as três versões do Windows mais em voga atualmente: XP, Vista e Seven. Confira o que ele diz sobre cada uma delas após o clique.

Windows XP

Basicamente, reproduz o que já está saturado: que as vendas do Windows XP realmente terminam no próximo dia 30 (próxima terça-feira), mas que o suporte continuará até 2014. Em seguida ele fala sobre a opção de downgrade das edições Business e Ultimate do Vista, que permitirá a compra do Windows XP Professional mesmo após o encerramento das vendas. Por fim, comenta com mais ênfase o prazo estendido para a aquisição do Windows XP Home e Starter em notebooks baixo-custo, conhecidos na Microsoft (e em vários outros lugares) como “NetTop” ou “NetBook”. Essas versões só estarão disponíveis a integradores (fabricantes de NetTops), até o dia 31 de janeiro de 2009.

Windows Vista

Veghte começa enchendo a bola do Vista, dizendo que é um sistema muito bom, e que seu lançamento foi ambicioso e grandioso, com foco na segurança. Segundo ele, o Windows Vista é 60% mais seguro contra infecções de malwares do que o Windows XP SP2. Além disso, diz que o filtro anti-phishing do Internet Explorer 7 do Vista barra mais de 1 milhão de tentativas de fraude semanalmente. Nada mal, hein?

A seguir, entra-se na questão da compatibilidade. Hoje, 98 dos 100 programas mais vendidos nos EUA são compatíveis com o Windows Vista. No campo dos games, uma nova ferramenta, chamada Application Compatibility Updates, acrescenta ao Vista suporte a mais de 125 games populares, e é automática, ou seja, as atualizações são baixadas diretamente do Windows Update. Com exceção de versões antigas, a maioria dos programas recentes, como iTunes e Adobe Reader, são totalmente compatíveis com o Vista.

Depois disso, Veghte entra no mérito do desempenho pós-SP1, e fala sobre um tal de “telemetry system” meio estranho: ele capta informações anônimas de uso em ambiente real do Windows, e tais informações ajudam a equipe do Windows e parceiros fabricantes de hardware a buscarem soluções que se adequam melhor ao usuário do Windows. Esses resultados foram usados no SP1, e, não é por nada não, mas sinto cheiro forte de campanha a favor da privacidade contra a Microsoft…

Sobre o Vista, o último parágrafo é sobre integradores de PCs, e como eles trabalham para oferecer máquinas compatíveis e que suportam o Windows Vista, inclusive utilizando informações do tal “telemetry system”. Acho que esqueceram de mandar esses resultados pra Positivo, CCE, Amazon…

Windows 7

Curto e grosso: já estão trabalhando no Windows 7, e ele representará uma nova era na Microsoft, a era das atualizações rápidas do Windows. Veghte diz que a expectativa é lançar o Seven três anos depois do lançamento mundial do Vista para o público em geral, ou seja, em janeiro de 2010, e manter essa periodicidade dali em diante.

Diz ele, ainda, que o núcleo do novo sistema será muito parecido com o do Vista, o que eliminará muitas dores de cabeça por conta de incompatibilidades. A intenção é fazer da migração um processo simples e indolor.

O que fazer?

Diante de um sistema estável e consolidado (XP), um atual e com novos recursos (Vista) e outro que está por vir (Seven), o que fazer? Veghte termina a carta dando seu pitaco, tanto para o usuário corporativo, quanto para o doméstico, ainda que ambos os conselhos sejam praticamente idênticos: se vai comprar um PC novo, ou tem um PC legal, vá de Vista; se possui hardware antigo, ou está satisfeito com seu XP, fique com ele (mas atualize-o com o SP3 e o IE 7); e se precisa rodar aplicações incompatíveis com o Vista, compre a edição Business ou Ultimate, e faça o downgrade. Seven? Hein? Esqueça-o por enquanto.