Tudo iniciou a partir de uma investigação de uma asma. O pneumologista me solicitou varios exames, entre eles umas endoscopia, a qual, a pesar de não sentir nada no estomago me dispus a fazar. A asma justamente com a alergia é um problema que já me encomoda a um bom tempo, então veio o resultado da endoscopia em novembro. A pesar de não ter a bactéria PILORO alguns problemas foram detectados no resultado da endoscopia recebido no dia 22/10/2013. 1. Esôfago de Barret longo:  É uma doença na qual há uma mudança anormal (metaplasia) nas células da porção inferior do esôfago. Acredita-se que seja causada por uma exposição prolongada ao conteúdo ácido proveniente do estômago (esofagite de refluxo).1 O esôfago de Barrett é encontrado em cerca de 10% dos pacientes que procuram tratamento médico para a doença do refluxo gastroesofágico. O esôfago de Barrett possui relevância clínica por ser considerado uma lesão pré-maligna, que pode evoluir para displasia e câncer de esôfago do tipo adenocarcinoma.2 Estima-se que a incidência de adenocarcinoma no esôfago de Barrett varie de 1:146 pacientes/ano, a 1:180, 1:184 ou 1:222, conforme a fonte. O risco varia de 0,2 a 2,1% ano em pacientes sem displasia, o que representa um risco de incidência de câncer de esôfago 30 a 125 vezes maior que a população em geral. Em função do potencial risco de se transformar em uma lesão maligna, a doença requer monitorização periódica através de endoscopia digestiva alta. A doença recebe o nome em homenagem ao Dr. Norman Barrett (19031979), cirurgião australiano do Hospital de St Thomas no Reino Unido que descreveu a doença pela primeira vez em 1957.3

Fisiopatologia

Diagrama mostrando a localização doesôfagoestômago e intestino

esôfago é um órgão oco em forma de tubo que une a faringe ao estômago. Sua principal função é, através de contrações peristálticas, realizar o transporte do alimento ingerido em direção ao estômago. O conteúdo do estômago é muito ácido, enquanto o do esôfago não é. Em função disso, o estômago possui um revestimento especial resistente à acidez. No entanto, o esôfago não possui um revestimento especial que seja capaz de resistir ao conteúdo ácido do estômago que se desloca até o esôfago quando a pessoa tem doença do refluxo gastroesofágico.

Causa

O esôfago de Barrett ocorre em pacientes com doença do refluxo gastroesofágico (DRGE) de longa duração (vários anos). Representa uma resposta adaptativa da mucosa esofágica à agressão causada pelo conteúdo estomacal, que segue sentido contrário ao normal, que é descendente. Os fatores de risco para desenvolvimento do EB são os que favorecem o refluxo gastroesofágico, e incluem a hérnia de hiato, a incompetência do esfíncter inferior do esôfago e o refluxo do conteúdo duodenogástrico. Ainda não se sabe ao certo por que o esôfago de Barrett somente se desenvolve em pessoas que possuem a doença do refluxo gastroesofágico.

Sinais e sintomas

Os sintomas de pacientes com esôfago de Barrett são, em geral, os mesmos dos pacientes com doença do refluxo gastroesofágica não-complicada. Pode ser identificado também em portadores de sintomas atípicos e dispépticos. O quadro clínico que mais sugere seu diagnóstico, segundo Cameron et al., é história de refluxo de longa duração e episódios de pirose (azia) noturna, em geral, acima de 5 anos.

Diagnóstico

A metaplasia do esôfago de Barrett é bastante visível através da endoscopia digestiva alta. No exame pode ser notada uma lesão de “cor salmão” ou “cor vermelho-róseo”. O médico que realiza o exame endoscópico recolhe amostras da lesão esofágica (biópsia). Estas amostras são analisadas sob microscópio para determinar se as células são de natureza gástrica ou intestinal. A metaplasia intestinal do esôfago de Barrett é geralmente identificada com a ocorrência de células caliciformes no epitélio. A presença das células metaplásicas intestinais é necessária para que o diagnóstico da doença seja confirmado.

Biópsia

Microfotografia de um esôfago de Barrett(na esquerda da imagem) e de um epitélio escamoso estratificado normal (direita da imagem).Coloração de Alcian blue.

O esôfago de Barrett é caracterizado por uma modificação no epitélio do órgão. Na doença, ocorre a presença de epitélio colunar na porção inferior do esôfago, substituindo o epitélio escamoso normal do esôfago. Esta transformação do epitélio é um exemplo de metaplasia. Apesar de o epitélio colunar ser capaz de suportar melhor a ação erosiva das secreções do estômago; esta metaplasia confere um risco aumentado de câncer no esôfago do tipo adenocarcinoma. As células colunares metaplásicas podem ser de dois tipos: gástricas (similares às do estômago, que não são tecnicamente um esôfago de Barrett) ou intestinais (similares às células dos intestinos). Uma biópsia da área afetada geralmente irá apresentar uma mistura de ambos os tipos. A metaplasia intestinal confere um risco maior de malignidade.

Prognóstico e complicações

A principal complicação do esôfago de Barrett é a possibilidade das células continuarem a sofrer mutações a ponto de se tornarem cancerosas, gerando um câncer esofágico. Quanto mais cedo for detectada a metaplasia (o primeiro estágio de diferenciação), melhor o prognóstico. O esôfago de Barrett pode desenvolver mudanças pré-cancerosas (displasias, que são o segundo estágio de diferenciação) em graus que variam de negativo (sem displasia), leve mas com mudanças significativas (displasia de baixo grau), a mudanças sérias (displasia de alto grau), e finalmente ao câncer invasivo. O risco de um paciente com esôfago de Barrett desenvolver um adenocarcinoma de esôfago é 30 a 125 vezes maior que pessoas sem a doença. No entanto, a maioria dos pacientes com esôfago de Barrett não irá desenvolver câncer de esôfago e irá morrer de outras causas. O risco de progressão para adenocarcinoma do esôfago está estimado em 0,4 a 0,5% ao ano em pacientes sem displasia que realizam biópsias de acompanhamento. Não existe atualmente um método confiável de determinar se os pacientes com o esôfago de Barrett irão ou não desenvolver câncer de esôfago. 2. Hérnia de Hiato de Médias Proporçoshérnia de hiato caracteriza-se por uma fraqueza do músculo diafragma. Este músculo divide o abdómen do tórax, e é por um espaço neste músculo, conhecido por hiato esofágico, que o esófago penetra na cavidade abdominal. Devido ao alargamento deste espaço, uma parte do estômago desliza em direcção ao tórax, o que se denomina hérnia de hiato. O maior inconveniente que a hérnia de hiato traz aos pacientes é a sua relação com o refluxo gastroesofágico. O refluxo se caracteriza pelo retorno do conteúdo do estômago (suco gástrico e alimentos) para o esófago. Como a mucosa (revestimento interno) do esófago não está preparada para receber este tipo de conteúdo, já que este é muito ácido, ocorre uma inflamação do esófago, conhecida como esofagite. O tratamento da hérnia de hiato pode ser clínico ou cirúrgico, na dependência do tamanho da hérnia de hiato e da intensidade do refluxo gastroesofágico.

Hernia de Hiato

Esquema ilustrando tipos de hérnias de hiato. O diafragma está representado pelo traço vermelho. A – normal; B – ausência de esófago abdominal; C – hérnia de deslizamento; D – hérnia para-esofágica

Retornando ao pneumologista o mesmo me medicou para o tratamento da ASMA, e me encaminhou a um gastro para que me desse as melhores formas de tratar as doenças a cima.

Informações retiradas da wikipedia.